domingo, janeiro 11

Tênis, minha paixão é você.



16 anos. Era a idade que eu tinha, quando joguei pela última vez um torneio de Tênis. Hoje, mais precisamente na terça-feira, oito anos depois, voltarei a entrar numa quadra de saibro e disputar novamente uma competição. Daquele Diego do passado, o jogo mudou, a idade chegou e a cabeça melhorou. O saque, muito mais pelo tamanho do que pela técnica, e a direita seguem intactos. A esquerda que antes só passava, atualmente nem para pegar ônibus serve. Em contrapartida, o voleio (fruto dos treinamentos do frescobol) evoluiu e tornou uma arma secreta. O preparo físico que fora invejável, agora é uma incógnita.

Dores no joelho, braço e tornozelo apontam que a idade chegou, ou seria experiência. A cabeça fraca de antes, hoje é superior. Se levarmos em conta o jogo psicológico que é o tênis, então posso dizer que levo vantagem. O físico é aquele de antes, com um pouco mais de barriga e fadigado. Talvez nas deixadinhas, ou melhor quase certeza que nem todas eu chegarei, assim como aquelas bolas laterais. Afinal, já dizia o meu preparador físico e “paitrocinio”, quanto maior você é mais difícil sua locomoção. E vejamos que, oito anos depois dei uma crescida né.


O tênis sempre foi a minha grande paixão. Jogo desde os nove anos, na época motivado por um rapaz chamado Gustavo Kuerten, que seria número um do mundo, minha principal referencia, ídolo maior e tudo mais que a pessoa GUGA signifique para você, ou para mim. Infelizmente chegava uma época da minha vida, que teria de optar pela faculdade ou pelo profissionalismo. Tênis é um esporte caro, patrocínio eu não tinha, então a opção foi estudar jornalismo e quem sabe um dia trabalhar na área de esportes, e se fosse com o tênis que tesão.


Daí, quatro anos se passaram e vieram estágios, estudos, trabalhos, viagens, rolos, namoros, compromissos, e o tênis foi ficando de lado, esquecido, lembrado vagamente na minha mémoria e nos torneios que assistia pela TV. As raquetes criavam teias em cima do armário, a raqueteira antes usada acabou rasgada e doada. Os troféus colocados em estantes, para que eu pudesse olhar, e pensar “um dia eu fui bom nisso”, e mais do que isso mostrar para filhos e netos como motivo de orgulho. E a pergunta ficava, porque não voltar a jogar ?? A falta de tempo, eu respondia.


Foi quando, naquelas surpresas da vida, o ano de 2014 lá para meados de setembro/ outubro, o tempo livre apareceu e as desculpas antes dadas não eram mais motivos para ser levados a sério. Dos males o menor, afinal tempo de sobra eu tinha. As raquetes antes enferrujadas foram trocadas por uma mais nova, com colaboração de um grande amigo, antes rival e hoje professor. Bolinhas novas foram adquiridas, e a confiança e alegria foram voltando. Sabe, quando você resolve parar por um instante e analisar a sua vida. Pois bem, a minha foi o tênis, reencontrei a felicidade, o prazer, o intensidade com aquilo tudo. Impressionante, como uma quadra de saibro, um adversário, uma raquete e três bolinhas podem te fazer tão bem.


Lembram, quando eu disse alguns parágrafos acima, que a ideia era trabalhar com tênis, dentro do jornalismo. Pois bem, a oportunidade ainda não apareceu, mas sigo na luta pelo meu sonho. De consolo, apareceu uma chance de jogar um torneio só com jornalistas esportivos. Imagine só que legal, estar no meio de caras monstros do jornalismo esportivo, e ainda por cima poder dividir e jogar uma partida com eles.



Nestas coincidências da vida, na terça-feira (13), vou ao Clube Sírio Libanês em São Paulo, retomar aquilo que parei ao 16 anos. Hoje com 24, mais experiente, com cabelos brancos e a direita ainda potente, irei encarar caras como José Nilton Dalcin, Felippe Andreoli, Matheus Fontes e diversos outros jornalistas que terei o prazer e a emoção de enfrentar. Que eu tenha braço, perna e físico de sobra para conseguir alcançar as finais e quem sabe mais um troféu para minha estante. Obrigado tênis, obrigado jornalismo, por me proporcionar novamente esta alegria de viver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário