sábado, maio 24

La Decima chegou. Real supera Atlético e sai vitorioso de Lisboa

Nada melhor que voltar a escrever para o seu blog, quando o assunto é futebol e final da Champions League entre Real x Atlético de Madrid.
 

No primeiro tempo, o Atlético Madrid foi melhor. Dominou a partida, teve mais posse de bola e até de maneira surpreendente atacou mais do que defendeu. A primeira grande chance saiu dos pés de Bale, que não estava numa noite inspirada (ao longo do jogo perdeu três chances claras de gol, mas em compensação marcou o gol da virada na prorrogação). O Gol do Atleti saiu na sua principal jogada: bola parada (escanteio). Gabi colocou na cabeça de Godin, que já havia feito o gol do empate e do título diante do Barcelona.
 

Godin e Simeone tinham tudo para terem estátuas erguidas no Vicente Calderón, até os 48 do segundo tempo, quando saiu o gol de empate, após cabeçada de Sérgio Ramos. Mas antes disso, o Real já era merecedor da igualdade. O Atleti teve duas chances de matar o jogo no contra-ataque, porém não o fez. Aos 13 minutos, Ancelotti colocou o time mais para frente com a entrada de Isco e Marcelo e tirando Coentrão e Khedira. Real pressionou, teve chances, mas foi na bola parada, quando todos já não mais acreditavam, que a La Decima voltou a ficar próxima.
 

Na prorrogação, o Real estava melhor fisicamente e emocionalmente. A diferença era visível, tanto é que fizeram três gols nos últimos 15 minutos do segundo tempo da eliminatória. O pênalti no final é até discutível, assim como os cinco minutos de acréscimos dados pelo juiz. Mas analisando no contexto geral, o resultado foi justo  e o Real mereceu levar a sua 10ª conquista de Liga dos Campeões.
 

Destaques – Di María foi o cara do jogo. Teve duas arrancadas, uma em cada tempo, e ainda participou do segundo gol na prorrogação. Deu dinâmica, participou assiduamente da partida e foi a grande válvula de escape do Real. Pelo lado do Atlético, Gabi e Godin tiveram uma participação acima da media, como já vinham realizando nas partidas anteriores. Mas coincidência ou não, após a saída de Filipe Luís, o Atleti tomou os quatro gols.
 

Simeone – Fez história. Colocou um modesto Atlético na final da UCL. Ousou na escalação de Diego Costa, interagiu com a torcida e era quase um 12° jogador na decisão. Ao meu ver só errou na entrada de Sosa no lugar de Raul Garcia. Recuou o time cedo demais e talvez não tenha sido a hora, momento e jogador ideal. Continuo achando que merece uma estátua no Vicente Calderón, e depois de hoje é forte nome no mercado de treinadores, para clubes de maior escala (mesmo achando o Atleti uma baita time).
 

Ancelotti – Escalou aquilo que tinha de melhor. A escalação de Khedira foi certa. Primeiro volante de qualidade, com mais experiência e melhor tecnicamente que Illarramendi. Mas o treinador italiano foi melhor ainda, quando colocou Isco e Marcelo aos 13 minutos do segundo tempo. Terceiro título da UCL como treinador.

FICHA TÉCNICA
REAL MADRID 4 X 1 ATLÉTICO DE MADRI


Local: Estádio da Luz, em Lisboa (Portugal)
Data: 24 de maio de 2014 (Sábado)
Horário: 15h45(de Brasília)
Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)
Cartões amarelos: Raúl García, Miranda, David Villa, Koke e Gabi (Atlético de Madri); Sergio Ramos, Khedira, Marcelo, Varane e Cristiano Ronaldo (Real Madrid)

Gols:
Real Madrid: Sergio Ramos, aos 48 minutos do segundo tempo; Gareth Bale aos quatro, Marcelo aos doze e Cristiano Ronaldo aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação
Atlético de Madri: Godín, aos 36 minutos do segundo tempo

REAL MADRID: Casillas, Carvajal, Sergio Ramos, Varane e Fabio Coentrão (Marcelo); Modric, Khedira (Isco) e Di María; Gareth Bale; Cristiano Ronaldo e Benzema (Morata).
Técnico: Carlo Ancelotti

ATLÉTICO DE MADRI: Courtois, Juanfran, Godín, Miranda e Filipe Luís (Alderweireld); Tiago, Koke, Gabi e Raúl García (José Sosa); Diego Costa (Adrián) e David Villa
Técnico: Diego Simeone

domingo, março 16

Fórmula 1 começou. A temporada promete !!

A insônia bateu. Resolvi então assistir a Fórmula 1, que teve início na última madrugada, com a tradicional corrida na Austrália. Algumas regras mudaram, assim como pilotos e equipes. Observei atentamente os comentários de especialistas, além de textos de blogueiros que cobrem o esporte. Logo, resolvi escrever um pouco sobre o que foi essa corrida.

Não sou nenhum especialista, mas como jornalista eu preciso estar atento a todos os esportes e dar minha análise e opinião sobre os principais acontecimentos. Pude enxergar uma nova Fórmula 1. Confesso que há tempos não assistia, achei que tinha perdido a graça, e que nunca sairia da mesmice. Erro meu. Equívoco da minha parte. A primeira corrida na Austrália mostrou os novos pilotos, as novas regras e principalmente: A temporada promete.

O vencedor Rosberg dominou de ponta a ponta. Largou bem, pulou na frente e em momento algum teve o seu pódio ameaçado. A Mercedes confirmou a expectativa da pré-temporada e mostrou ter melhorado muito o seu carro, com relação ao ano passado. A escuderia alemã tem grande chances de conquistar o primeiro lugar no Mundial de Construtores. 

Sobre a Williams, eu não acreditava no que a imprensa dizia. Impressionante como a escuderia colocou o carro para funcionar, e pelo o que mostrou na primeira corrida tem muitas chances de voltar ao topo da Fórmula 1. Felipe Massa não pode ser avaliado, em virtude da barbeiragem do japonês Kobayashi. Porém, o seu companheiro Bottas demonstrou habilidade e meu deu a impressão de ser um piloto arrojado. Se embananou um pouco, se precipitou, e talvez se não fosse o erro no início da corrida, tivesse brigado pelo pódio. O carro do finlandês estava andando demais. Realmente impressionado com esse piloto.

Pude perceber também os novos pilotos que compõe a Fórmula 1. Para o bem da categoria, as principais escuderias abriram mão dos “medalhões” e apostaram em novas promessas. Em particular, a McLaren-Mercedes que apostou no dinamarquês Kevin Magnussen, a STR-Renault na dupla de pilotos Jean-Eric Vergne e Daniil Kvyat; e a poderosa RBR que colocou Ricciardo no lugar de Webber.

Medalhões como Raikonen, Alonso, Button, Massa, Hamilton e Vettel nunca podem ser descartados, mas já perceberam que nesta temporada as coisas serão mais equilibradas. Acho que a nova geração veio para ficar. Contudo, a nota ruim continua sendo aquelas equipes que apenas somam (para não dizer atrapalham) a competição. Claramente Marussia e Caterham não deveriam competir nesta categoria. Porém, o dinheiro sempre é levado em consideração, chengando ao ponto de pilotos pagarem para competir.

A corrida na Austrália foi apenas a primeira de 19. A temporada promete. Há tempos não sentia essa vontade de assistir a Fórmula 1. Acho que os amantes da modalidade gostaram deste novo formato, que tornou a prova mais rápida, com mais ultrapassagens e principalmente mais emocionante.

Até a próxima ...

segunda-feira, janeiro 27

Roland Garros e agora Australian Open. Na Li mereceu adicionar mais um troféu a sua galeria

Eu particularmente adoro o tênis feminino. Os jogos são mais equilibrados, mais disputados, com maiores chances de quebras e com mais oportunidades de zebras. Ao contrário do masculino, o tênis feminino tem duas ou três tenistas que dominam o circuito, mas nem sempre estão vencendo os torneios. Nessa edição do Aberto da Austrália pudemos perceber que o nome não entra em quadra, vimos nomes como Serena, Sharapova e Azarenka serem derrotadas e algumas até atropeladas pelas rivais.

Na Li não é nenhuma jovem tenista, mas quem disse que se tem idade para ganhar um Slam. A China está em festa, à chinesa marca seu nome na história do tênis mundial, afinal vencer um Slam não é para qualquer um. Poucas atletas têm esse feito na carreira. Parabéns a ela, que soube se impor nas adversidades, colocar a experiência em quadra nas dificuldades e principalmente ser uma grande tenista para colocar o seu ritmo de jogo e forçar sua adversária aos erros em uma final de Aberto da Austrália.

O título de Na Li tem sim um gosto especial para ela. A chinesa já vinha de dois vice-campeonatos – 2011 e 2013 – e após as derrotas de Serena Williams, Maria Sharapova e Victoria Azarenka, viu a sua chance de título aumentar. Não podemos tirar o mérito de Cibulkova. A linda tenista eslovaca fez história no seu país a chegar pela primeira vez na final de um Slam.

Com apenas 24 anos, Cibulkova é um bom nome desta nova geração do tênis feminino. Gosto do estilo de jogo dela. Um tênis rápido, preciso e de muita movimentação de perna. Em breve será top 10 e a tendência é evoluir cada vez mais e melhorar os pontos fracos do seu jogo, como a falta de experiência, o segundo saque e principalmente saber dosar os momentos importantes da partida.

Que venha Roland Garros e todas as belas partidas e lindas tenistas que pudemos acompanhar na Austrália. O lado bom é que as madrugadas voltaram a ser utilizadas para dormir e as manhãs e tardes para acompanhar um belo torneio em quadras de saibro, minha superfície predileta.

Até a próxima ...