quarta-feira, maio 6

Análise - Barcelona x Bayern de Munique



O post de hoje é dedicado ao jogaço entre Barcelona x Bayern de Munique, válido pela semifinal da Champions League. No duelo entre os amigos treinadores e espanhóis Luis Enrique e Pep Guardiola, melhor para o comandante do time catalão que viu sua equipe vencer por 3 a 0, numa partida que dominaram por completo e procuraram mais o gol desde o início.

A partida também marcou o reencontro de Guardiola com o Barcelona, parceria de sucesso por quase três temporadas, que rendeu a Pep e ao time catalão rótulo de uma das melhores equipes da história. Coincidência ou não, o futebol vistoso apresentado naquela época ficou evidente, agora sob o comando de Luis Enrique, com algumas diferenças, entre elas, maior eficácia na bola aérea, marcação pressão e melhor posicionamento defensivo.

Numa comparação da partida, talvez o placar de 3 a 0 tenha sido exagerado, mas que o Barcelona foi mais envolvente e procurou a vitória, isso não há como negar. Neuer executou duas brilhantes defesas no primeiro tempo, enquanto Ter Stegen apenas assistiu a partida e efetuou algumas saídas de bola, como goleiro líbero, prática cada vez mais comum se tratando de arqueiros alemães.

Na volta do intervalo, Bayern voltou melhor, com uma postura mais compacta e marcando muito forte. No primeiro tempo, o time não se achou, ainda mais com a escalação inicial de Rafinha como terceiro zagueiro. Após o erro corrigido por Guardiola, o time alemão voltou a atuar com quatro linhas defensivas, mas ainda assim bastante recuado e deixando a desejar.

Quando o jogo se encaminhava para o 0 a 0, visto que o Barcelona não conseguia sair da forte marcação alemã, que por sua vez se mostrava satisfeita com o resultado de empate, pensando obviamente no jogo de volta, em Munique. Todavia, com dois erros individuais, o primeiro de Bernat, que perdeu a bola na saída pelo lado esquerdo para Daniel Alves, que logo tocou para Messi, que fez o improvável e furou as redes do goleiro Neuer, chutando justamente entre o goleiro e a trave.

O gol sem dúvida abalou as estruturas do Bayern, que cinco minutos mais tarde, após outro erro individual, dessa vez de Thiago Alcantara, que inverteu uma bola na cruzada de maneira equivocada, justamente quando o seu time subia para o campo ofensivo. Resultado: bola enfiada de Rakitic para Messi, na qual resultou no segundo gol do Barça, com direito a deixar Boateng no chão e procurando a bola até agora.

Todo o trabalho árduo de Guardiola em se defender caiu por terra, porém para um time que goleou nas fases anteriores da Champions, o resultado de 2x0 era completamente favorável de se recuperar, entretanto em mais um contra-ataque, Neymar matou o jogo, e colocou os ex-pupilos de Pep muito próximos da final.

No abraço, no fim de jogo, entre Luis Enrique e Guardiola, a certeza de que a sombra de Pep não assombra mais o atual treinador do time da Catalunha, mais do que isso, começam a pintar rumores de que esse time atual pode ser tão bom ou até melhor quanto aquele de algumas temporadas atrás. Já para Guardiola, o sinal vermelho se acende, talvez pela primeira vez na sua carreira, afinal após duas temporadas no comando do Bayern, apenas o título alemão é considerado pouco, ainda mais se levarmos em consideração, que quando assumiu a equipe, o time de Munique era o atual campeão da Europa, e que na temporada passada ficou de fora nesta mesma rodada, após ser goleado pelo Real Madrid, outro time espanhol.

E por fim, isso só comprova que o futebol espanhol é a melhor liga do momento, mesmo com todas as controvérsias que acercam este tema. No ano passado, uma final entre Real x Atlético de Madrid. Neste ano, uma grande possibilidade do feito se repetir, só que entre Real x Barça. Mas isso é um tema para falarmos e analisarmos em um outro post ...

Até a próxima !!

sexta-feira, março 20

Barça, Bayern, Juve e Atleti .. minha análise das quartas de final da Champions League


Sorteio da Champions League realizado e mistério revelado. Confira abaixo, a minha análise dos confrontos das quartas-de-final da Champions League.

Sem ficar em cima do muro, e se tivesse alguns vinténs para apostar ... apostaria em Barcelona, Atlético de Madrid, Bayern de Munique e Juventus, como futuros semifinalistas da Champions League.

PSG x Barcelona

O time francês realmente não tem sorte, quando o assunto é sorteio da Champions League. Após um grupo complicado ainda na fase de grupos, viu nas oitavas de final um adversário fortíssimo e candidato ao título Chelsea. Por muito pouco não foi eliminado e numa partida épica, acabou eliminando os ingleses. Com tantos times “menos” complicados, eis que o sorteio o coloca frente-a-frente com o todo poderoso Barcelona, seu algoz em temporadas passadas.

Depois de um início complicado de temporada, e vira e mexe com problemas de relacionamento entre os jogadores e o treinador Luis Enrique, o Barcelona por sua vez deu show ao eliminar o Manchester City e vai confiante para o duelo diante do PSG. Para melhorar, a liderança no Campeonato Espanhol e a pressão enorme em cima do Real Madrid, dão indícios de favoritismo ao Barça, para ambos os torneios.

O duelo vai marcar o reencontro de Ibrahimovic contra o seu ex-clube e seu desafeto Lionel Messi. É a hora do PSG mostrar que é grande na Europa, e que os investimentos feitos pelo dono do clube não são somente para ganhar a Ligue 1. Hora também para colocar Laurent Blanc como potencial técnico vitorioso, já que seu trabalho é muito contestado pela imprensa e torcedor. Já o Barça, para mostrar que o time finalmente entendeu e aceitou o comando de Luis Enrique, e que mais uma vez vem apresentando um futebol vistoso e bonito. O adversário é tão forte quanto o City.


Real Madrid x Atlético de Madrid

Simplesmente a reedição da final, em Lisboa, da temporada passada. O gol de Sérgio Ramos que até hoje não foi bem digerido pelos colchoneros. Um tento de bola parada, aos 44 minutos do segundo tempo, na melhor área do Atleti. Já o Real Madrid lida com um aspecto bastante negativo. Desde o título da UCL, não venceu mais nenhuma partida contra os comandados de Diego Simeone. Nos seis confrontos, entre Supercopa, Copa do Rei e Campeonato Espanhol, os merengues não se deram bem

A verdade é quem ambos os times não apresentam o seu melhor futebol e contam com alguns desfalques. Atleti e Real estão em baixa na Liga BBVA e correm atrás do Barcelona, e ainda enxergam o Valencia crescer cada vez mais na competição. Do duelo válido no ano passado, merengues e colchoneros reforçaram seus times, e ao mesmo tempo perderam grandes peças como Diego Costa, Di Maria e Xabi Alonso.

Senão bastasse toda rivalidade de Madrid envolvida, ainda existe esse retrospecto negativo da temporada por parte do Real, e a incrível gana de revanche pelo lado do Atlético. Quem ganha com isso, somos nós amantes do futebol que veremos duas belas partidas de quartas de final de Champions League.

Porto x Bayern de Munique

O time alemão, base da seleção campeã do mundo aqui no Brasil, levou a melhor diante da equipe portuguesa nos dois confrontos entre os times em quartas-de-final de Champions League anteriores, em 1990/91 e 1999/2000, entretanto perdeu a decisão do caneco, em 1987, por 2 a 1, em Viena, na Áustria.

Obviamente o favorito é o Bayern. Não só pelos jogadores e o treinador que possui, mas pelo futebol jogado e pela humilhante goleada aplicada diante do Shakhtar na rodada passada. Um time que tem uma boa vantagem na Bundesliga e que se quiser pode poupar atletas e focar somente na Champions League, já que a vantagem para o vice-líder Wolfsburg é grande.

O Porto, por sua vez, é o segundo colocado no campeonato nacional. Tem um elenco bom, porém enxuto. O desgaste de brigar pelas duas competições, sem contar as taças nacionais, irá obrigar o time a jogar no seu limite. Senão bastassem os problemas, ainda veem um adversário monstruoso pela frente. Mas nem só de críticas vive o Porto, afinal estão de volta a fase de quartas-de-final da UCL, e jogam um futebol vistoso, inclusive terminando na primeira colocação do seu grupo e passando sem dificuldades pelo Basel.

Confesso que eu esperava mais do Shakhtar diante do Bayern. O time alemão é muito bom e deve eliminar a equipe portuguesa, porém jogando no estádio dos Dragões, o Porto é muito forte e se por ventura conseguir uma vitória simples ou um bom resultado, pode complicar a vida dos bávaros. Entretanto minha aposta segue sendo o Bayern.

Juventus x Monaco

O Monaco era o time que todas as equipes queriam enfrentar. Mas acho um pouco injusto com os franceses. Uma equipe que no começo do ano perdeu dois dos seus principais jogadores, James Rodrigues e Falcao Garcia, e de quebra viu a torcida (que nem é tão grande assim) protestar. Mesmo assim, não se abateu, fez a melhor campanha na fase de grupos e eliminou o Arsenal, que pelo menos no quesito financeiro e tradição é maior.

Do outro lado, a Juventus se consolida cada vez mais no cenário italiano, e já estava na hora de demonstrar sua grandeza na Champions League. Após sufoco na fase de grupos, uma classificação merecida diante do Borussia Dortmund. O time de Turim possui jogadores de excelente qualidade e acredito firmemente que pode sim chegar na decisão da UCL e até vencê-la.

Nesse momento, analisando os dois times, vejo a Juventus melhor preparada, ainda mais com Tevez em brilhante fase. O Monaco já superou as suas próprias expectativas, mas como sabemos que o futebol sempre nos surpreende, eu não ousaria acreditar numa classificação dos franceses, ainda mais levando em conta os recentes fracassos da Juve na principal competição de clubes do Planeta.

Até a próxima ...

quinta-feira, janeiro 22

Livro "Manual de Assessoria de Imprensa Esportiva - Capítulo Futebol"

Pessoal,

O post de hoje será exclusivamente sobre o meu livro "Manual de Assessoria de Imprensa Esportiva - Capítulo Futebol", escrito em parceria com Leonardo Francisco e Giuliano Guerreiro, e que está com uma promoção no site da Editora Leopoldianum. O nosso livro está quase alcançando a segunda edição e seria muito importante para nós autores a venda de mais alguns exemplares.

Resultado de entrevistas de estrutura aberta com assessores de imprensa, jornalistas de diferentes veículos, técnicos e jogadores de futebol, a obra aborda o relacionamento dos atletas com a mídia, o trabalho atual das assessorias e a preparação do jornalista para realizar uma entrevista. Em tempos de redes sociais, merece destaque o capítulo que aborda a utilização do Twitter e Facebook, apresentando dicas para evitar transtornos entre jornalistas, jogadores e o clube.
 
O objetivo da obra é contribuir para o aperfeiçoamento das relações entre jornalistas e assessores de imprensa, sendo realizado num total de 52 entrevistas.  “Manual de Assessoria de Imprensa Esportiva – Capítulo Futebol” já participou de diversas Feiras Estudantis Internacionais e Nacionais, entre elas, em São Paulo e Rio de Janeiro, em Guadalajara (México), Frankfurt (Alemanha), Mar Del Plata (Argentina), e a última mais recente na Costa Rica.
 
Quem tiver interesse, super recomendo a leitura. Para você que não curte, por que não comprar e dar para uma amigo que goste ??? Pense com carinho ...

Para quem tiver interesse, o livro está a venda no site da editora ... e pode ser entregue para todo Brasil.
 
Agradeço a atenção e qualquer dúvida só me mandar um e-mail no diegocdiegues@gmail.com

Obrigado e até a próxima !!

segunda-feira, janeiro 19

A ótima safra do tênis australiano ...

No primeiro Grand Slam do ano, disputado nas quadras rápidas de Melbourne, na Austrália, me chamou a atenção o alto número de tenistas australianos que estavam fazendo parte da chave principal. Muitos podem pensar que pelo fato da competição ser disputada no continente da Oceania, obviamente que o número de atletas locais deve ser grande. Doce engano ...
 
Na primeira rodada, alguns nomes da nova geração do tênis australiano superaram seus adversários em partidas épicas e mostraram todo o seu valor e como podem evoluir ainda mais dentro do esporte. O sentimento de jogar em casa, no seu tipo de superfície predileto e ainda com o apoio de amigos e familiares deve ser único e indescritível. Como não tive tal oportunidade dentro de quadra, me contento em escrever fora dela.
 
Nick Kyrgios, de apenas 19 anos e número 53 do ranking da ATP, vem de ótimos resultados no ano passado, inclusive de uma vitória épica contra Rafael Nadal. Na abertura do Aberto da Austrália, uma vitória contra o bom tenista argentino Federico Delbonis por 3 sets a 2. Um pouco mais velho, com 22 anos, James Duckworth (120º colocado) também avançou em Melbourne numa partida de cinco sets. O adversário foi o esloveno top 100, Blaz Kavcic.
 
Aqui, um parágrafo a parte sobre Thanasi Kokkinakis, número 147 do mundo e de apenas 19 anos. O australiano fez uma partida formidável diante do letão e cabeça de chave 11, Ernests Gulbis, na qual o superou em um jogo de cinco sets, com parciais de 5/7, 6/0, 1/6, 7/6(2) e 8/6, em quase cinco horas de jogo. Kokkinakis levou amigos e familiares em peso para assistir ao seu jogo de estreia em um Slam. O garoto mostrou que tem futuro com uma bela vitória, e mais do que isso, exibiu qualidade em seus golpes. 

Mais dois nomes do tênis australiano como Marinko Matosevic e Sam Groth, não podem ser considerados da “nova geração”, já que tem 29 e 27 anos respectivamente, mas devem auxiliar neste franco crescimento do esporte na terra do Canguru. Com a aposentadoria cada vez mais perto de Lleyton Hewitt, esses dois tenistas terão que segurar um pouco a barra e ter as costas largas, para que Kyrgios, Duckworth e Kokkinakis tenham tempo de evoluir e não pular etapas. O tênis australiano, e os fãs do esporte agradecem !!
 
Não podemos nos esquecer do polêmico Bernard Tomic, que parece finalmente ter colocado sua cabeça no lugar e com isso evoluiu seu tênis. Lendas recentes do tênis australiano como Patrick Rafter e Lleyton Hewitt podem finalmente ficar no passado, e abrir caminho para essa nova geração do tênis australiano que chegou com tudo e pedindo passagem.

Até a próxima ...

quinta-feira, janeiro 15

90 minutos. 6/4 6/0. Não deu ...



Cerca de 90 minutos foi o tempo que durou o meu jogo, na minha volta às quadras em um torneio “oficial”. Peguei um adversário difícil, do mesmo nível, e que no fim, o jogo acabou sendo decidido nos detalhes. Errei muito saque, direita não entrou, e a esquerda, ah melhor deixar para lá. Na verdade caí em uma chave bastante complicada, na qual todos os jogos seriam muito equilibrados.


Como de habitual, se tratando da cidade de São Paulo, eu me programei para sair da casa, onde estava alojado. Peguei metrô, ônibus e mesmo assim me atrasei. Não sei por que, mas tenho o dom de me perder naquela megalópole urbana. No fim, as partidas atrasaram e o jogo marcado para as 9 horas acabou começando um pouco depois das 10.


Levei as bolinhas na mochila, porém sobrecarregada acabei deixando o tubo na casa e não tinha material para aquecer, e me ambientalizar com o local, altitude e afins. Erro meu, que acabou custando caro, já que sou aquele motor a álcool, demoro a aquecer. Demorei a sentir o jogo, e as parciais 6/4 e 6/0 acabaram me tirando precocemente nesta minha volta ao circuito.


Naquela análise pós-partida, vejo que acabei perdendo para mim mesmo. O adversário era do mesmo nível, e o jogo seria decidido nos detalhes, e foi. Com inúmeras duplas-faltas, e direita (meu melhor golpe) sem sintonia, a derrota era uma questão de tempo. Psicológico insistia em me derrubar, e o segundo set foi rápido, sem trocas de bola, com erros e auto-confiança completamente destruídos.

O calor era extenuante. Dentro da quadra até que não era tão quente. Algumas sombras davam aquele refresco, e cada virada de game várias goladas de água, uma toalha para enxugar o rosto e os braços e minutos preciosos para se recuperar para o game seguinte. No fim, o físico foi a única coisa que me deixou satisfeito. Saí de quadra bem fisicamente e pronto para disputar outra partida, fator esse impossível, já que havia sido eliminado.


No saldo final, eu saio com a sensação de que poderia ter dado mais, me esforçado mais. Porém, foram apenas dois meses de treinamento, em uma cidade plana como Santos. E quem joga tênis sabe como São Paulo tem altitude, ainda mais com o rival treinando lá. Pelo menos fiz contatos, entreguei CVs e a Slice Tênis, revista que produzi na pós-graduação.

Por mais chateado e frustrado que eu tenha ficado, tudo nesta vida devemos levar como experiência e aprendizado. A alegria estava estampada no meu rosto, afinal voltar a jogar tênis e ainda mais com profissionais da área esportiva foi muito bom. Que eu possa voltar a realizar esse tipo de coisa, e que na próxima eu melhore meu desempenho.

Até a próxima !!

domingo, janeiro 11

Tênis, minha paixão é você.



16 anos. Era a idade que eu tinha, quando joguei pela última vez um torneio de Tênis. Hoje, mais precisamente na terça-feira, oito anos depois, voltarei a entrar numa quadra de saibro e disputar novamente uma competição. Daquele Diego do passado, o jogo mudou, a idade chegou e a cabeça melhorou. O saque, muito mais pelo tamanho do que pela técnica, e a direita seguem intactos. A esquerda que antes só passava, atualmente nem para pegar ônibus serve. Em contrapartida, o voleio (fruto dos treinamentos do frescobol) evoluiu e tornou uma arma secreta. O preparo físico que fora invejável, agora é uma incógnita.

Dores no joelho, braço e tornozelo apontam que a idade chegou, ou seria experiência. A cabeça fraca de antes, hoje é superior. Se levarmos em conta o jogo psicológico que é o tênis, então posso dizer que levo vantagem. O físico é aquele de antes, com um pouco mais de barriga e fadigado. Talvez nas deixadinhas, ou melhor quase certeza que nem todas eu chegarei, assim como aquelas bolas laterais. Afinal, já dizia o meu preparador físico e “paitrocinio”, quanto maior você é mais difícil sua locomoção. E vejamos que, oito anos depois dei uma crescida né.


O tênis sempre foi a minha grande paixão. Jogo desde os nove anos, na época motivado por um rapaz chamado Gustavo Kuerten, que seria número um do mundo, minha principal referencia, ídolo maior e tudo mais que a pessoa GUGA signifique para você, ou para mim. Infelizmente chegava uma época da minha vida, que teria de optar pela faculdade ou pelo profissionalismo. Tênis é um esporte caro, patrocínio eu não tinha, então a opção foi estudar jornalismo e quem sabe um dia trabalhar na área de esportes, e se fosse com o tênis que tesão.


Daí, quatro anos se passaram e vieram estágios, estudos, trabalhos, viagens, rolos, namoros, compromissos, e o tênis foi ficando de lado, esquecido, lembrado vagamente na minha mémoria e nos torneios que assistia pela TV. As raquetes criavam teias em cima do armário, a raqueteira antes usada acabou rasgada e doada. Os troféus colocados em estantes, para que eu pudesse olhar, e pensar “um dia eu fui bom nisso”, e mais do que isso mostrar para filhos e netos como motivo de orgulho. E a pergunta ficava, porque não voltar a jogar ?? A falta de tempo, eu respondia.


Foi quando, naquelas surpresas da vida, o ano de 2014 lá para meados de setembro/ outubro, o tempo livre apareceu e as desculpas antes dadas não eram mais motivos para ser levados a sério. Dos males o menor, afinal tempo de sobra eu tinha. As raquetes antes enferrujadas foram trocadas por uma mais nova, com colaboração de um grande amigo, antes rival e hoje professor. Bolinhas novas foram adquiridas, e a confiança e alegria foram voltando. Sabe, quando você resolve parar por um instante e analisar a sua vida. Pois bem, a minha foi o tênis, reencontrei a felicidade, o prazer, o intensidade com aquilo tudo. Impressionante, como uma quadra de saibro, um adversário, uma raquete e três bolinhas podem te fazer tão bem.


Lembram, quando eu disse alguns parágrafos acima, que a ideia era trabalhar com tênis, dentro do jornalismo. Pois bem, a oportunidade ainda não apareceu, mas sigo na luta pelo meu sonho. De consolo, apareceu uma chance de jogar um torneio só com jornalistas esportivos. Imagine só que legal, estar no meio de caras monstros do jornalismo esportivo, e ainda por cima poder dividir e jogar uma partida com eles.



Nestas coincidências da vida, na terça-feira (13), vou ao Clube Sírio Libanês em São Paulo, retomar aquilo que parei ao 16 anos. Hoje com 24, mais experiente, com cabelos brancos e a direita ainda potente, irei encarar caras como José Nilton Dalcin, Felippe Andreoli, Matheus Fontes e diversos outros jornalistas que terei o prazer e a emoção de enfrentar. Que eu tenha braço, perna e físico de sobra para conseguir alcançar as finais e quem sabe mais um troféu para minha estante. Obrigado tênis, obrigado jornalismo, por me proporcionar novamente esta alegria de viver.