Cerca de 90 minutos foi o tempo que durou o meu jogo, na
minha volta às quadras em um torneio “oficial”. Peguei um adversário difícil,
do mesmo nível, e que no fim, o jogo acabou sendo decidido nos detalhes. Errei
muito saque, direita não entrou, e a esquerda, ah melhor deixar para lá. Na
verdade caí em uma chave bastante complicada, na qual todos os jogos seriam
muito equilibrados.
Como de habitual, se tratando da cidade de São Paulo, eu me
programei para sair da casa, onde estava alojado. Peguei metrô, ônibus e mesmo
assim me atrasei. Não sei por que, mas tenho o dom de me perder naquela megalópole
urbana. No fim, as partidas atrasaram e o jogo marcado para as 9 horas acabou
começando um pouco depois das 10.
Levei as bolinhas na mochila, porém sobrecarregada acabei
deixando o tubo na casa e não tinha material para aquecer, e me ambientalizar
com o local, altitude e afins. Erro meu, que acabou custando caro, já que sou
aquele motor a álcool, demoro a aquecer. Demorei a sentir o jogo, e as parciais
6/4 e 6/0 acabaram me tirando precocemente nesta minha volta ao circuito.
Naquela análise pós-partida, vejo que acabei perdendo para
mim mesmo. O adversário era do mesmo nível, e o jogo seria decidido nos
detalhes, e foi. Com inúmeras duplas-faltas, e direita (meu melhor golpe) sem
sintonia, a derrota era uma questão de tempo. Psicológico insistia em me
derrubar, e o segundo set foi rápido, sem trocas de bola, com erros e
auto-confiança completamente destruídos.
O calor era extenuante. Dentro da quadra até que não era tão
quente. Algumas sombras davam aquele refresco, e cada virada de game várias
goladas de água, uma toalha para enxugar o rosto e os braços e minutos
preciosos para se recuperar para o game seguinte. No fim, o físico foi a única
coisa que me deixou satisfeito. Saí de quadra bem fisicamente e pronto para
disputar outra partida, fator esse impossível, já que havia sido eliminado.
No saldo final, eu saio com a sensação de que poderia ter
dado mais, me esforçado mais. Porém, foram apenas dois meses de treinamento, em
uma cidade plana como Santos. E quem joga tênis sabe como São Paulo tem
altitude, ainda mais com o rival treinando lá. Pelo menos fiz contatos,
entreguei CVs e a Slice Tênis, revista que produzi na pós-graduação.
Por mais chateado e frustrado que eu tenha ficado, tudo
nesta vida devemos levar como experiência e aprendizado. A alegria estava
estampada no meu rosto, afinal voltar a jogar tênis e ainda mais com
profissionais da área esportiva foi muito bom. Que eu possa voltar a realizar
esse tipo de coisa, e que na próxima eu melhore meu desempenho.
Até a próxima !!
Nenhum comentário:
Postar um comentário